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Picuí recebe o “Programa Integrado de Educação Patrimonial”

por AssCom/PMPicuí Publicado em 15/05/2024 às 01:37 290 Visualizações

O município de Picuí recebeu, na primeira quinzena de maio, o projeto “Arte com Arqueologia - difundindo o patrimônio arqueológico e os saberes tradicionais de Picuí e região” (desenvolvido pelo Programa Integrado de Educação Patrimonial, relacionado aos estudos arqueológicos preventivos nas áreas do Parque Eólico e da Linha de Transmissão Serra da Palmeira), oficinas realizadas em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Departamento de Turismo e Meio Ambiente,  Coordenadoria Municipal da Mulher e da Diversidade Humana, e integrantes do grupo “Mochileiros da Caatinga”.
 
As oficinas foram conduzidas por Ana Cristina C. Anjos, Marcos Rogério R. Carvalho e André Chagas, educadores patrimoniais dos Programas de Gestão do Patrimônio Arqueológico do Complexo Eólico e Linha de Transmissão da Serra da Palmeira, em desenvolvimento pela CTG e executadas pela A Lasca Arqueologia. O projeto reuniu, em suas oficinas, todas as gerações de picuienses, contando com as mulheres artesãs da FEMEA (Feira das Mulheres Empreendedoras Arretadas de Picuí), com as crianças e adolescentes dos projetos “Transforme uma Vida”, “Sementes do Seridó” e “Jovens do Futuro” (promovidos pelo Serviço de Convivência  e Fortalecimento de Vínculos da pasta de Assistência Social de Picuí – PB), e com os idosos do “Projeto Vida Ativa” (Grupo da 3° Idade de Picuí e Santa Luzia do Seridó).
 
As oficinas sobre arqueologia e geração de renda possibilitaram aos participantes, o conhecimento sobre os novos sítios arqueológicos históricos e pré-coloniais encontrados pela pesquisa em curso e em processo de registro pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, para a valorização e reconhecimento,  além de trabalharem com as pinturas e gravuras rupestres, que compõem o significativo patrimônio cultural arqueológico do município de Picuí, em cerâmicas produzidas por Dona Maria, ceramista da Comunidade Quilombola da Serra do Abreu, outro  importante saber e bem cultural da região.
 
Nas atividades com os estudantes, eles também experienciaram as etapas da pesquisa arqueológica. Participaram de rodas de conversa sobre patrimônio cultural e o atual conhecimento arqueológico, de exercícios de leitura de réplicas de objetos arqueológicos e de reproduções fotográficas, que exibiram imagens referenciais de artefatos arqueológicos históricos e pré-históricos, da megafauna e cenas e cenários relacionados a povos caçadores-coletores e horticultores-ceramistas,  de uma escavação arqueológica simulada, com o objetivo de vivenciar o cotidiano da pesquisa de campo e de laboratório da Arqueologia, e de oficinas de confecção de simulacros de líticos e cerâmicas, relacionando os vestígios que têm sido estudados nos sítios arqueológicos evidenciados com aspectos da vida e cotidiano dos povos que podem ter dado origem.
 
Fabiana Agra, diretora municipal de Turismo e Meio Ambiente, comentou acerca das oficinas: “logo que a equipe da A-Lasca me apresentou o projeto fiquei encantada, e falei da minha preocupação em agregar o nosso patrimônio arqueológico aos saberes do artesanato que já é produzido em Picuí, isto é, de colocar em nossas peças artesanais, , a representação das nossas pinturas rupestres. Também falei do saber de dona Maria, quilombola da Serra do Abreu, que faz um tipo de produto único no mundo. Os arqueólogos toparam o desafio e eis o resultado, dezenas de picuienses tendo contato com tanta riqueza arqueológica e artesanal – e o melhor de tudo, fazendo na prática! Espero que venham mais iniciativas como essa, sei que muitos dos participantes das oficinas passarão a fazer esse tipo de arte”, pontuou Agra.

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